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Quatro homens vivem juntos em uma casa isolada em um pequeno povo costeiro. Eles foram enviados para este lugar para expiar os pecados que cometeram no passado. Vivem sob uma disciplina férrea sob o olhar atento de um vigilante. Mas a frágil estabilidade de sua rotina é interrompida pela chegada de um quinto homem que apenas caiu em desgraça e traz um passado que eles pensavam que tinham deixado para trás.
El club | Pablo Larraín | Chile | 2015 | 97 min.
“Ainda que o filme esteja protagonizado por sacerdotes (e uma de suas vítimas), para mim nuca foi uma história exclusivamente sobre a igreja e seus defeitos. O que me surpreendeu ao vê-lo terminado é que é um drama sobre pessoas que insistem em permanecer em um lugar que odeiam. Isso é algo com que muitos de nós podemos nos identificar, usemos ou não uma batina. É a sensação de estar em uma prisão sem grades nem guardas armados, uma prisão que detestamos mas na qual vive nossa identidade. Essa prisão pode ser uma instituição, um país, um casamento, uma família. Para os protagonistas de El club, é uma casa à beira mar onde o tempo está parado e onde todos lutam para manter a ilusão de que os pecados desaparecem se você deixa de pensar no mundo onde eles foram cometidos.” Daniel Villalobos
GUILLERMO CALDERÓN (Santiago de Chile, 1971)
Estudou teatro na Universidade do Chile e nos Estados Unidos. Também obteve um Mestrado com especialização em Cinema pela Universidade da Cidade de Nova York. Escreveu e dirigiu as peças de teatro Neva, Diciembre, Clase, Villa, Discurso, Escuela, Beben e Kuss. Dirigiu uma versão de Neva no Public Theater de Nueva York e no Center Stage de Los Ángeles. Dirigiu Beben e Kuss no teatro da cidade de Düsseldorf. Suas produções foram apresentadas em mais de vinte e cinco países. Co-escreveu os filmes Violeta se fue a los cielos, dirigido por Andrés Wood, e Neruda, dirigido por Pablo Larraín.
DANIEL VILLALOBOS (Temuco, Chile, 1974)
Estudou jornalismo na Universidade de La Frontera. Publicou os livros El sur (Libros Qué Leo, 2012) e El tren marino (Libros del Laurel, 2015), e também o ensaio digital “Michael Mann, un mapa del mundo” (Noise Media). Colabora em publicações como La Tercera e Radio Cooperativa de Chile.
PABLO LARRAÍN (Chile, 1976)
Diretor de cinema, produtor e roteirista chileno. Fuga, seu primeiro longa-metragem (2005) obteve reconhecimento internacional em vários festivais, entre eles o de Cartagena, o de Málaga e o do Cinema Latino-americano de Trieste. Seus filmes —Tony Manero e Post Mortem—, consolidaram sua carreira. Em 2011 estreou como diretor de uma série de televisão, Prófugos. Seu quarto longa-metragem, No, é sobre um publicitário que desenvolveu a campanha a favor do “Não” no plebiscito de 1988, para impedir que Augusto Pinochet seguisse no poder. É sócio-fundador de Fábula, uma produtora dedicada ao cinema e à publicidade, na qual vem desenvolvendo diversos projetos. El club, seu quinto longa-metragem, foi apresentado na Berlinale 2015, onde recebeu o Urso de Prata – Grande Prêmio do Júri. Nesse mesmo ano, ganhou o Prêmio Fénix de Longa-metragem de ficção e Larraín recebeu o Fénix de Direção.