«A perda é incomensurável para o pensamento cinematográfico não só do Brasil, mas da América Latina. […] Avellar podia escrever pequenos tratados a partir de uma única cena, um plano ou uma frase de diálogo. Tinha uma primorosa capacidade de articulação, desenvolvida num texto leve, envolvente e “redondo”, no sentido de fechar as ideias com graça e coerência. O mesmo se dava em suas palestras, apresentadas com serena competência e lógica irretocável. […] Com sua saída de cena, após uma luta de muitos meses contra o câncer, Avellar deixa um buraco sem fundo na reflexão crítica e na organização do cinema entre nós. A lacuna não é menor entre seus inúmeros amigos e admiradores. De minha parte, é como se visse um dos meus faróis se apagar. A sorte é que seus textos ficarão, sempre inteligentes e sólidos ao dissecar aquilo que “bate na tela”, como ele gostava de escrever».
― Carlos Alberto Mattos
«[…] Mas para mim, ele será sempre a pessoa que, à frente da Rio Filme, deu a Coutinho a oportunidade de retomar a carreira. Sem
Avellar não teríamos Santo Forte e, sem Santo Forte, Coutinho não teria realizado todos os filmes da segunda fase da vida dele. O que significa
dizer que Avellar é responsável direto por uma das obras mais luminosas do cinema brasileiro.
Para quem dedicou a vida a ajudar o nosso cinema, é difícil pensar num legado mais precioso».
― João Moreira Salles
«Queridos amigos: todo el cine latioamericano hoy llora la partida de un gran amigo y compañero y uno de los mayores criticos e investigadores del nuevo cine.Carlos es un ejemplo que seguirá vivo e invita a continuar su obra».
― Pino Solanas
“Avellar era un maestro, y no sólo del cine que tanto amaba. Su acción como crítico, pensador e incentivador del cine brasileño era siempre generosa, incluyente y extraordinariamente perceptiva. Era un hombre de una gran integridad moral y política, que nos hará mucha falta. Como amigo y admirador de Avellar, estoy muy triste. El mundo se empequeñeció”.
― Walter Salles